Resumo

O presente trabalho busca elucidar estratégias de investigação da infância e fomentar pesquisas acadêmicas sobre as experiências de crianças na cidade. Apresentamos o delineamento de uma pesquisa com quatro crianças, duas meninas e dois meninos, com idade de 5 anos, na cidade de Brasília. Inspirado em estudos sociológicos contemporâneos sobre a infância, o trabalho argumenta que crianças são agentes ativos na construção dos seus mundos sociais, o que justifica a consideração da cidade como campo de investigação. Metodologicamente, o trabalho faz uso de diferentes estratégicas visuais, com o objetivo de apreender de forma lúdica o ponto de vista das crianças. São incluídos, portanto, o map-like model (Blaut et al, 2003) e a foto-elicitação (Banks, 2009; Clark-Ibáñez, 2004) como métodos visuais de inspiração. O trabalho indica que a consideração de mapas e imagens é uma possibilidade possível para o desenvolvimento de pesquisas sobre representações e concepções de cidade apresentadas por crianças pequenas.

Palavras-chave: Cidade, Foto-elicitação, Infância, Map-like model, Planejamento Urbano, Representações

Abstract

The present work aims to elucidate research strategies of childhood and promote academic research on the experiences of children and city. We present the process of a survey with four-five-year old children, two girls and two boys, who live in Brasília. Inspired by contemporary sociological studies of childhood, the paper argues that children are active agents in the construction of their social worlds, which justifies the consideration of the city as a field of research. Methodologically, the work uses different visual strategies in order to grasp in a playful way the children’s point of view. Are therefore included the map-like model (Blaut et al, 2003) and photo-elicitation (Banks, 2009; Clark-Ibáñez, 2004) as visual methods of inspiration. The work indicates that the consideration of maps and images is a possible option for the development of research on city representations and conceptions presented by young children.

Keywords: City, Photo-Elicitation, Childhood, Map-like model, Urban Planning, Representation

Introdução

O estudo sobre a cidade envolve inúmeras possibilidades de investigação e, nos últimos anos, vem sendo realizado em diferentes disciplinas e a partir de vários enfoques, tais como culturais, ambientais e políticos. Isso por que a cidade é uma criação humana que congrega características plurais em suas praças, ruas, avenidas e, ao mesmo tempo, singulares, evidenciadas em seus becos, vielas e cantos, portanto um núcleo vivo de trocas simbólicas e materiais (FREITAG, 2002).

Entretanto, com o advento da Modernidade e o desenvolvimento das tecnologias e meios de transporte, parece que o espaço da cidade deixou de ser um lugar de encontro para trocas, e transformou-se preponderantemente em um lugar de trânsito agitado, em que pessoas apenas dirigem e passam rapidamente por ele. E assim, se cada vez mais pessoas andam em veículos motorizados ao invés de caminharem, sua relação com a cidade torna-se desconexa, afinal, como Sennettt (2008, p. 16) afirma “[...] em alta velocidade, é difícil prestar atenção na paisagem.” Ou seja, podemos afirmar que a velocidade do deslocamento possibilita ou reforça as sensações que temos com o espaço onde vivemos.

Ainda como consequência do desenvolvimento da tecnologia, temos uma nova e mais rápida maneira de construir, portanto, Sennett (2008, p. 13) critica os projetos urbanísticos desenvolvidos na Modernidade que por vezes distanciam ainda mais as pessoas, considerando que:

A privação sensorial a que aparentemente estamos condenados pelos projetos arquitetônicos dos mais modernos edifícios; a passividade, a monotonia e o cerceamento táctil que aflige o ambiente urbano. Essa carência dos sentidos tornou-se ainda mais nítida nos tempos modernos, em que tanto se privilegiam as sensações do corpo e a liberdade de movimentos.

Para o autor supracitado, arquitetos e urbanistas deixaram a essência das construções mais antigas que tinham uma relação intrínseca com o corpo humano. Os romanos, por exemplo, primavam pela bilateralidade de suas edificações e das grelhas da cidade, garantindo uma geometria que a unia, assim como acontece com o corpo.

Deste modo, as mudanças causadas pelas tecnologias e seus adventos impactaram de diversas maneiras a vida social do homem. Tais modificações tem como conseqüência a consideração da cidade como laboratório de observação, e Wirth (1979, p.97) chama atenção para a necessidade de estudos para “descobrir as formas de ação e organização social que emergem em agrupamentos compactos, relativamente permanentes, de grande número de indivíduos heterogêneos”. Na presente pesquisa, as crianças compõem nosso grupo de interesse de investigação. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo apresentar estratégias de investigação da infância e fomentar pesquisas acadêmicas sobre as experiências das crianças na cidade, a partir do ponto de vista delas.

Assim, para justificar nosso interesse pelos mundos sociais das crianças na cidade recorremos a Lansky (2012, p.13), sobretudo quando afirma:

A primeira impressão que se tem é de que esses dois temas não combinam: criança não combina com espaços públicos. “Lugar de criança é na escola”; ou em casa. Historicamente, a criança é associada ao domínio privado da vida social, circunscrita aos espaços da família e da escola. Na Europa, o desenvolvimento da noção de vida pública e privada deu origem à separação entre o universo adulto e o infantil e significou o surgimento de uma série de atividades, espaços e objetos considerados adequados às crianças.

Nesse sentido, nosso interesse pelos mundos sociais das crianças na cidade fundamenta-se por acreditarmos que as crianças estão sensíveis àquilo que acontece em seu meio físico e social, pois, enquanto crescem, correm, ouvem, vêem e sentem em um ritmo diferente daquele dos adultos, seus corpos experimentam o espaço urbano em atividades que se mostram bastante peculiares na infância: brincadeiras, caminhadas exploratórias, saídas, passeios de carro, trajetos cotidianos.

A seguir, apresentamos na primeira seção aspectos teóricos, seguidos, na segunda seção, de aspectos metodológicos, que julgamos fundamentais na pesquisa com crianças que explora o tema cidade. O texto é encerrado com breves considerações finais.

Criança como foco na pesquisa: aspectos teóricos

A imagem social da criança vem se transformando ao longo dos anos, sobretudo por influência de pesquisas, principalmente nas Ciências Sociais, que passaram já nos anos 1980 a questionar a visão desenvolvimentista associada ao conceito de infância (PROUT, JAMES, 1999). Uma perspectiva das ciências sociais contemporânea sobre a infância tem defendido a criança como sujeito capaz, que cria, negocia, modifica, partilha e compartilha culturas com seus pares e com os adultos (CORSARO, 2011). Logo, mais do que um fenômeno biológico, a infância é uma categoria socialmente construída e, portando, “[...] varia entre grupos sociais, sociedades e períodos históricos – e assim, sua construção, contestação e consequências são dignas da atenção acadêmica.” (HOLLOWAY; VALENTINE, 2000, p. 5).

Alinhadas a essa perspectiva, podemos afirmar que a criança possui agência, o que significa dizer que ela é capaz de refletir e tomar decisões sobre o que lhe diz respeito, podendo reconhecer que suas ações têm consequências (MAYALL, 2002). Conforme Bluebond-Langner e Korbin (2007, p. 243) a “atribuição de agência para as crianças se encaixa bem com um princípio de longa data da Antropologia sobre os indivíduos como produtores de significado: [...] as crianças são o produtores de significado.”

Tendo como referência o exposto acima, defendemos como estratégia metodológica, que às crianças seja empregada uma escuta atenda, e por meio dela a identificação de seus interesses, necessidades, direitos e singularidades. Igualmente, assumimos que crianças são capazes de contribuir ativamente para a construção e a implementação de transformações sociais, dentre elas, o planejamento urbano.

Morrow (2006) analisa pesquisas conduzidas com crianças na Inglaterra e apresenta como possibilidade de análise questões de gênero, a partir da escuta às crianças. Assim, demonstra a necessidade de maior atenção ser dada a este tema para a compreensão da vida das crianças, tendo como referência aquilo que elas mesmas sinalizam. Por conseguinte, a autora afirma que:

As crianças podem ser, e muitas vezes são, críticas em suas reflexões sobre suas próprias experiências, e por vezes suas prioridades podem ser diferentes dos adultos. É buscando seus pontos de vista e, o mais importante, agindo a partir deles, que seremos capazes de trabalhar com as crianças, em vez de para ou contra elas. (MORROW, 2006, p. 101, tradução nossa).

Ao considerarmos o ponto de vista das crianças, podemos definir estratégias mais eficazes e relacionadas às suas necessidades nos mais diversos contextos de vida. Reconhecemos que independentemente do tamanho físico das crianças, elas interagem com o ambiente físico (CHRISTENSEN; O'BRIEN, 2003) e, através de modos próprios de comunicação, podem apresentar percepções ricas sobre a cidade que habitam. Como afirma Nunes (2003), o estudo da temática criança e cidade nos leva a refletir a respeito da organização da cidade, das possíveis aprendizagens e dos processos de socialização que podem ocorrer no meio urbano.

Crianças e suas experiências em Brasília: aspectos metodológicos

O presente trabalho não se preocupa com uma representatividade em grande escala numérica, mas temos a intenção de criar relações que partam da singularidade (criança) para compreensões plurais (crianças). Além disso, buscamos investigar com profundidade experiências de quatro crianças na cidade de Brasília.

As estratégias utilizadas procuraram levar em consideração o contexto social e cultural dos participantes da pesquisa e nos ajudaram a investigar a questão proposta (CHRISTENSEN; JAMES, 2008), pois ninguém poderia nos informar sobre a infância na cidade de forma mais acurada do que as próprias crianças.

A metodologia utilizada foi conduzida de forma lúdica e espontânea, e se desdobrou em três encontros individuais na casa de cada uma das crianças, a partir de diferentes métodos visuais. O primeiro encontro promoveu a aproximação da pesquisadora às crianças por meio da leitura de uma história, “Aventura Animal”, de Fernando Vilela (2013). O livro foi escolhido por apresentar em seu enredo elementos da cidade, retratando a experiência de vários animais passeando por ruas, prédios em construção, feira livre, praça, entre outros locais. Portanto, a leitura introduziu o tema cidade na conversa com a criança.

No segundo encontro, a criança foi convidada a construir um map-like model de uma cidade, utilizando como recurso: 40 blocos vermelhos, 9 blocos azuis, 42 blocos pequenos verdes, 8 pontes grandes vermelhas, 16 pontes pequenas bege, 6 triângulos grandes vermelhos, 51 triângulos pequenos vermelhos, 26 árvores, 22 carrinhos em miniatura, 1 miniatura da Catedral Nacional, 1 miniatura do Congresso Nacional, 1 miniatura da estátua de Juscelino Kubitschek (do Memorial JK), 1 miniatura do Monumento dos Candangos, 1 miniatura da Estátua da Justiça e 1 miniatura do Museu Nacional. Ao término da construção, várias fotografias, de diferentes ângulos, foram tiradas. Do total, cinco foram selecionadas, cada uma por uma perspectiva diferente: quatro laterais e uma aérea.

A estratégia de construção da cidade com materiais em três dimensões foi inspirada no estudo de Blaut et al (2003), do campo da geografia. Os autores comprovaram que crianças, a partir de três anos, conseguem entender mapas e até mesmo são capazes de montar um map-like model.

Para uma melhor compreensão do que seria um map-like model cabe aqui discorrer um pouco mais sobre os estudos de Blaut, Stea e colaboradores que, baseados nas ideias de Paulo Freire, afirmavam que as crianças eram oprimidas por uma pedagogia que subestimava suas capacidades. Como assevera Stea (2005, p. 991, tradução nossa):

[...] a cognição espacial das crianças era uma área subestimada da aprendizagem. Muitas vezes despercebida pelos adultos à sua volta, sem instrução as crianças ainda muito pequenas têm aprendido sobre o ‘macro espaço’ de seus ambientes geográficos nos ‘micro espaços’ de suas casas, muitas vezes com um nível de sofisticação ou não realizado por, ou ignorado por, aqueles que moldam a sua educação formal.

Ou seja, a aprendizagem espacial está vinculada às diferentes formas que as crianças se relacionam com o espaço em que vivem (BLAUT et al, 2003). Blaut (1997) observou também que as noções espaciais são aprendidas de diferentes formas e não têm uma sequência lógica para todas as crianças. Outra importante descoberta, no decorrer de seus estudos foi sinalizar que crianças recém ingressas na escola conseguiam ler fotografias aéreas e mapas sem que os pesquisadores as tivessem ensinado. Essa primeira experiência de leitura de fotografias aéreas e mapas foi realizada nos Estados Unidos e então replicada em Porto Rico, e o mesmo resultado veio à tona.

Foi então que, ao longo dos estudos e experimentos desenvolvidos por Blaut, Stea e seus colaboradores que uma grande descoberta foi realizada. Eles perceberam que crianças pequenas eram capazes de ler mapas aéreos, e que elas poderiam também construir mapas, talvez tendo dificuldade em empregar alguns termos na leitura das fotografias aéreas, porém teriam condições suficientes para utilizar brinquedos como ferramentas auxiliares na construção de paisagens.

A partir dessas percepções e achados, Blaut e Stea continuaram suas pesquisas com crianças pequenas e desenvolveram o conceito de map-like model, que de acordo com Blaut et al (2003, p.167, tradução nossa):

[...] nos permite estudar as representações materiais que mantêm as propriedades essenciais de um mapa, mas não correspondem à todas as definições cartográficas usuais de um mapa. Queremos explorar as habilidades de mapeamento em crianças que ainda não são alfabetizadas, ou que estão aprendendo a ler. Não podemos, portanto, usar o conceito de mapa, o qual requer que a criança leia formalmente e compreenda as convenções de mapeamento que se tem estabelecidas.

Desse modo, o conceito de map-like model entende a criança como agente social, capaz de interpretar e representar seu contexto, pois mais que um simples mapa, interessa-se em capturar as percepções, visões e lógicas das crianças a respeito do espaço em que vivem.

Dando continuidade aos procedimentos da pesquisa, o terceiro e último encontro teve como objetivo conduzir uma conversa informal com cada uma das crianças a partir das fotografias tiradas no segundo encontro. Tal estratégia configura-se como foto-elicitação, e teve como função desencadear narrativas das crianças acerca da construção da cidade e dos elementos utilizados, do que gostam e não gostam e de suas sugestões de melhorias para a cidade. A foto-elicitação é uma metodologia qualitativa que utiliza imagens como auxiliares para o desenvolvimento de uma entrevista, o que ajuda o pesquisador a se aproximar dos sujeitos de pesquisa (BANKS, 2009). Essa aproximação pode ser atribuída ao fato de que “[...] as imagens produzem sentimentos, identificação, favorecem lembranças, disparam a imaginação.” (BASSALO; WELLER, 2011, p. 2).

Isto posto, gostaríamos de apresentar quatro motivos pelos quais optamos por trabalhar com foto-elicitação ao invés de outras estratégias mais comuns na pesquisa com crianças. O primeiro, diz respeito à forte presença das imagens em nossa sociedade, o que as torna familiares às crianças. Segundo Banks (2009, p. 17) “[…] as imagens são onipresentes na sociedade e, por isso, algum exame de representação visual pode ser potencialmente incluído.” O segundo motivo é que buscamos certa distância das atividades normalmente desenvolvidas nas instituições escolares, tendo em vista que o desenho é prática comum na Educação Infantil, assim a pesquisa não se caracterizará para as crianças como uma tarefa institucional e, portanto, obrigatória. O terceiro está relacionado à forma de estruturar perguntas de maneira compreensível para as crianças, como indica Clark-Ibáñez (2004), há uma diferença entre o nível de comunicação linguística de crianças e adultos, o que implica dificuldade em definir perguntas acessíveis. E o quarto motivo se relaciona com o fato de as fotografias incentivarem a interpretação da criança sem um direcionamento rígido, o que talvez fosse difícil de captar em uma entrevista convencional.

As fotografias podem provocar uma série de significados na criança. Como indica o estudo de Clark-Ibáñez (2004) que se propôs a investigar como as dificuldades encontradas por crianças em suas casas afetava seu cotidiano na escola. Para incorporar as crianças na geração de dados a esse respeito a pesquisadora lançou mão do recurso da entrevista com foto-elicitação, o que a permitiu aproximar-se das crianças com mais facilidade e ao mesmo tempo, as fotografias foram “[...] uma ferramenta para expandir as perguntas e, simultaneamente, os participantes puderam usar fotografias para fornecer uma maneira única de comunicar dimensões de suas vidas. (CLARK-IBÁÑEZ, 2004, p. 1512, tradução nossa).

Desta forma, a fotografia pode ser considerada um excelente suporte para a comunicação entre pesquisador e criança, uma vez que sua interpretação sofrerá a interlocução com a própria criança. Acreditamos que "não são as fotografias que informam em si, mas em vez disso, a análise das mesmas” (SCHWARTZ, 1989, p. 152, tradução nossa). A partir dessa estratégia, as crianças participaram simultaneamente da geração e interpretação dos dados, o que desafia e enriquece o processo de análise posteriormente realizado pela pesquisadora.

Considerações finais

Pretendemos indicar no trabalho que a consideração de mapas e imagens é uma possibilidade plausível para o desenvolvimento de pesquisas sobre representações e concepções de cidade apresentadas por crianças pequenas, isso porque “[...] crianças não são adultos. Pesquisadores não precisam adotar métodos diferentes per se, mas adotar práticas que ecoem os interesses e rotinas das crianças.”(CHRISTENSEN; JAMES, 2008, p. 8, tradução nossa).

Assim, ao apresentar o repertório teórico-metodológico da pesquisa defendemos que crianças são capazes de tratar assuntos que tangem suas vidas. E ainda, avançamos academicamente quando propomos formas diferentes de produzir conhecimento, uma vez que envolvemos as próprias crianças nesse processo. Kominsky (2010, p. 134) propõe que a fala das crianças seja o centro da pesquisa e que realmente aconteça “[...] a construção de um conhecimento crítico centrado na criança e a serviço dela.” Crianças mostram-se ativas ao narrarem problemas sociais da cidade, tais como: violência, grande número de carros, pobreza, pouco espaço para as crianças, falta de segurança.

Ward (1978, p. 31) chama a nossa atenção: “[...] uma demanda surge para o espaço social – a demanda de a cidade das crianças ser parte da vida da cidade.” Portanto, ao evidenciarmos tais metodologias em que as crianças são protagonistas da produção de dados, consolidamos sua inclusão na agenda de discussões sobre a cidade. Isto certamente nos ajuda a deflagrar pontos para a melhoria das cidades para que elas se tornem agradáveis aos seus habitantes de diferentes idades.

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